segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Religião e Política














 Religião e Política sempre foram complementares. Dizer que é possível haver religião neutra é impossível.
Assim temos várias religiões construídas em contextos históricos, políticos e econômicos diferentes e dentro destas mesmas religiões visões diferentes da mesma fé, refletindo conteúdos de classe, ideologia e poder.
Na sociedade cristã, há diversas teologias que refletes o compromisso político das diversas correntes teológicas.
Voltadas para o proletariado na contemporaneidade tivemos dois exemplos antagônicos:
• A Teologia da libertação: que propunha uma teologia libertadora que serviria para organizar os oprimidos contra a opressão da sociedade capitalista. Cristo volta a ser aquele que pregou para os pobres contra os ricos;
• A Teologia da prosperidade: que propõe uma teologia que serve para iludir o proletariado com falsas esperanças de riquezas. Um novo Cristo que traria prosperidade aos que tem fé e pagam o dízimo.
Não paradoxalmente, a primeira teologia minguou – foi excluída do roteiro das peregrinações da nova cristandade.
A segunda está cada vez mais ganhando espaço nas igrejas, nas ruas, nas redes de rádio e televisão e na política.
Além destas duas teologias, a tradicional teologia burguesa se junta a segunda e inunda a política brasileira nas últimas eleições. Quem diria que o Papa e os evangélicos neopentecostais se uniriam por uma causa comum: apoiar um candidato ao governo de extrema direita... Era previsível!

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